Por Larissa Leotério
Ester de Oliveira, 21 anos, é mãe do Lucas, que tem apenas cinco meses. Moradora da Jacutinga, essa carinhosa mãe leva Lucas para as oficinas da Turma A no bairro da Prata porque ele ainda mama. “Ninguém cuida melhor de uma criança do que a mãe”, diz Ester.
Sua mãe, dona Iracema, e as irmãs Hosana, Eunice e Débora não entendem têm uma compreensão diferente. “Elas vivem se oferecendo para ficar com o bebê.” Mas Ester ficou receosa desde o dia em que deixou Lucas com a sogra e, apesar de todas as suas recomendações, botou leite de caixa na mamadeira. “Fiquei indignada.”
Apesar de não viver mais com o pai de Lucas, Ester tem uma ótima relação com ele. “Ele é é um pai muito carinhoso”, diz ela. “Às vezes, a gente ainda fica juntos”, confessa.
A mãe de Ester pedia insistentemente um neto e achava que já estava mais do que na hora, visto que todas as mulheres da família têm filhos muito cedo, com quinze anos
Gisele Dominique, 18 anos, é mãe do Kevin Douglas, de um ano e quatro meses.
Moradora da Av. Antônio Borges, em Jacutinga, ela leva Kevin para as oficinas na Escola Municipal Menino de Deus por opção e quando não tem com quem deixá-lo.
“A chegada de Kevin foi difícil”, admite.A gravidez de Gisele foi muito criticada pela família. “Meu irmão Davi, ficou sem falar comigo desde a hora que soube quando eu estava grávida até o menino completar um ano.” Ela também foi muito criticada pelo pai. Apenas a mãe, Dona Angélica, a acolheu.
Gisele me conta que tem uma boa relação com o pai de Kevin. “Ele a ajuda com as coisas do filho, é um pai presente.” E isso facilita um pouco a vida dela.
O fato mais impressionante da entrevista é que Gisele diz só ter descoberto a gravidez no sétimo mês de gestação. “O feto estava “atravessado” e se desenvolvendo de maneira diferente.” Fez a tardia descoberta em uma ultra-sonografia, incentivada pela prima.
“Foi um susto muito grande”, confessa a menina. Sem estrutura pra receber uma criança, Gisele rejeitou o bebê no começo. Mas o pai, radiante, desejava que nascesse logo. “Foi a grande ajuda!”
E, quem diria, Kevin Douglas é o grande xodó família toda.
Tatiana Viera Lima, 24 anos, é mãe da Victória, de cinco anos.
Essa mãe moradora da Rua Costa Bastos, no bairro Jacutinga, me diz, logo de cara, que Victória foi uma criança bem planejada e de uma gravidez bem curtida.
A felicidade de Tatiana se completou logo quando descobriu o sexo do seu bebê.
A chegada de Victória foi comemorada, segundo a mamãe. Os avós maternos sempre “corujaram” a netinha. E os pais, nem se fala. A “Pandorinha” é o xodó de Ricardo, o paizão orgulhoso. Saem juntos e “sacaneiam” a mamãe, deixando-a em casa.
Recebida com muita festa, é uma menina muito esperta e comunicativa. Sorridente a vida toda.
Luana Saldanha Costa, 22 anos, é mãe da Maria Eduarda, de três anos.
A moradora da Rua Ricardo, em Jacutinga, relata que Maria Eduarda, apesar de não ter sido planejada, foi muito bem-vinda. Porém, os avós maternos apenas aceitaram a chegada do segundo neto.
O primeiro foi Lucas, que hoje tem cinco anos. A jovem mãe tem a impressão de que os pais ficaram mais felizes com a chegada de Lucas, mas conta que “Duda” foi bem recebida, inclusive pelo pai orgulhoso.
Trouxe a filha para o curso por que sua mãe não pôde cuidar da menina. “Mas isso não acontece com freqüência”, pondera.
Outra mãe orgulhosíssima!
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