sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O dançarino de pedra

Por Larissa Leotério

Jorge Fernandes começou a dançar aos 14 anos. Mais tarde, montou o grupo de dança Os mascarados, com mais cinco amigos. Dançavam funk e as músicas da moda em festas de rua, clubes e casas de show. A grande noite de sua vida de artista foi a folia da Praça do S, no carnaval de 2006: "Dancei para mais de 600 pessoas", comemora. A paixão pela dança resistiu ao fim do grupo e à própria necessidade de sobreviver. Como sabe das dificuldades de se tornar um dançarino profissional, reduziu suas expectativas. "Quero dar aula de dança para as crianças."

Nome
Jorge Fernandes Júnior

Idade
21 anos

Rua
Travessa Antônio Borges

Bairro
Jacutinga

Ocupação
Trabalho com obras

Escolaridade
Ensino médio, cursando

Religião
Cristão protestante

Time
Flamengo

O que tem de bom na rua?
Asfalto

O que tem de ruim na rua?
Enchente

O que falta na rua?
Praça

O que gosta de fazer?
Jogar bola e dançar

O que faz para se divertir aos domingos?

Jogar bola

Por que veio para o Pro Jovem?
Dar um novo rumo à vida e ver as ‘minas’ bonitinhas

Como ficou sabendo do Pro Jovem?
Comentários de vizinhos

Acha que pode ganhar o prêmio?
Sim

O que espera como prêmio?
Um MP4, mais uma câmera digital, mais um celular e o que mais vier

Expectativas em relação ao projeto
Junta o que aprender à paixão da dança

Liberdade para a mãe

Por Larissa Leotério

Gláucia de Oliveira entrou no Pro Jovem com grandes expectativas. Além de fazer um bom curso, conquistar uma profissão e um bom emprego, ela sonha com o dia em que sairá da casa da mãe, onde mora com as três filhas que tem, apesar dos poucos 23 anos. Sua mãe, dona Sandra, não se incomoda com aquela multidão dentro de casa. O problema está na cabeça dela.

Nome
Gláucia de Oliveira

Idade
23 anos
Rua
Antônio Borges

Bairro
Jacutinga

Ocupação
Estuda e trabalha

Escolaridade
Ensino fundamental, cursando

Religião
Católica

Time
Flamengo

O que tem de bom na rua?
Nada

O que tem de ruim na rua?
Tudo

O que falta na rua?
Iluminação, para que as crianças possam brincar até mais tarde. Também falta área de lazer, para que as crianças não tenham que disputar espaço com os carros, no meio da rua

O que gosta de fazer?
Capoeira

O que faz para se divertir aos domingos?
Gosta de ir ao baile “Mesquita Show”

Por que veio para o Pro Jovem?
Atraída pelos cursos.

Como ficou sabendo do Pro Jovem?
Através de membros da entidade executora

Acha que pode ganhar o prêmio?
Sim, com toda a certeza

O que espera como prêmio?
Torço muito pra que seja um MP4

Fuga do aluguel

Por Larissa Leotério

Priscila Fernandes entrou no Pro Jovem para realizar sonhos seus e dos pais, que a criaram com dificuldade. Ela, que já trabalha em um projeto social, pretende ganhar dinheiro para realizar o sonho da casa própria da mãe. Todos em sua família estão cansados do aluguel.

Nome
Priscila Albuquerque da S. Fernandes

Idade
24 anos

Rua
Álvaro Chaves

Bairro
Jacutinga

Ocupação
Trabalho com projeto social

Escolaridade
Ensino médio completo

Religião
Católica

Time
Vasco

O que tem de bom na rua?
Nada

O que tem de ruim na rua?
Iluminação

O que falta na rua?
Praças, área de lazer

O que gosta de fazer?
Passear, ir a cachoeiras

O que faz pra se divertir aos domingos?
Gosta de ver DVD’s

Por que veio para o Pro Jovem?
Em busca de mais conhecimento, visando aprender uma profissão

Como ficou sabendo do Pro Jovem?
Soube do projeto por meio de membros da entidade executora

Acha que pode ganhar o prêmio?
É difícil, mas não impossível

O que espera como prêmio?
Só que seja algo bom e útil

Expectativas em relação ao projeto
Além de aprender uma profissão, quero ajudar os pais, que passam por grandes dificuldades financeiras. Também tenho vontade de realizar o sonho de minha mãe, que é ter uma casa própria e sair do aluguel

Surfando no valão

Por Leandro da Silva

A estudante Danissa Martins não gosta do valão na Avenida Antônio Borges, onde mora. Foi por causa dele que sua família perdeu quase tudo, em uma das chuvas que antes das obras do PAC arrasavam Nova Iguaçu no verão. Também viu neste dia o corpo de um menino morto, boiando nas águas podres do mesmo valão. Jamais esqueceu o rosto dele.

Nome
Danissa Martins

Idade
19 anos

Rua
Antônio Borges

Ocupação
Estudante

Escolaridade
Segundo ano do ensino médio

Religião
Evangélica

Time
Vasco da Gama

E-mail
danissa_hta@hotmail.com

link do orkut
danissamartins@yahoo.com.br

O que tem de bom na sua rua?
No meio do ano, rola uma festa

O que não tem de bom na sua rua?
Valão

O que gosta de fazer?
Ir à lan house

Como se diverte aos domingos?
Micareta

Por que veio para o Pro Jovem?
Ajuda financeira e o aprendizado

Como ficou sabendo do projeto?
Através de uma amiga

Acha que vai ganhar o prêmio?
Não

O que vai fazer com o prêmio?
Se tiver sorte, aproveitar

Qual história contou?
Eu estava em casa dormindo desde as 5h escutando o barulho da chuva. Fiquei na cama até as 9h30. Notei então que a água estava entrando no meu quintal.

Não demorou muito para que minha amiga Daniela chegasse, dizendo que sua casa já estava alagada.

- Vamos botar tudo para cima aqui também - eu disse, apontando para a bancada de tijolos que a gente usava salvar os móveis da casa.

Mas naquele dia encheu de uma tal forma, que a geladeira nova começou a boiar.

Foi dramático. Lembro bem dos gritos de minha irmã, pedindo para sair. Mas eu não soltei a geladeira nem mesmo quando vi os bichos entrando lá em casa. A água chegava ao quadril quando um dos meus amigos ligou desesperado, dizendo que a família dele havia perdido tudo.

Dois outros fatos também me marcariam naquele dia de chuva. Um deles foi ver os meninos surfando no valão com uma prancha e um bote. Também não posso esquecer o menino que apareceu morto, boiando. Esse caso foi chocante. Deu até jornal.

Por que contou essa história?
Porque não deveria ficar entre nós

Baladeira sem sorte

Por Leandro Silva
Amanda Lopes gosta da noite, particularmente do RioSampa e de micaretas. A história que contou, sobre as sandálias que ela e sua amiga quebraram enquanto esperavam o ônibus que as levaria para a balada, só podia ter a ver com a noite. Mas, apesar de tantos empecilhos do destino, ela terminou se divertindo. Ela pode não ter sorte. Mas não perde oportunidade de se divertir.

Nome
Amanda Lopes

Idade
18 anos

Rua
Antonio Borges

Ocupação?
Estudante

Escolaridade
3o ano do ensino médio

Religião
Católica

Time
Vasco da Gama

E-mail
lindinha.htinha524@hotmail.com

link no orkut
http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=1396152659584541315

O que tem de bom na sua rua?
Nada

O que não tem de bom na sua rua?
Os buracos

O que gosta de fazer?
Ir ao RioSampa

Como se diverte aos domingos?
Micareta

Por que veio para o Pro Jovem?
Pela ajuda financeira

Como ficou sabendo do projeto?
Através de uma amiga

O que espera do projeto?
A profissionalização e fazer novas amizades

Acha que vai ganhar o prêmio?
Não tenho sorte

O que vai fazer com o prêmio?
Ficar feliz

Qual história contou?
Um dia eu estava indo para o ponto de ônibus com a intenção de chegar no viashow, quando minha sandália arrebentou.

Por sorte, meu amigo Rafael, mais conhecido como Farinha, me levou para casa de moto. Troquei de sandália e voltei para o ponto, onde minha amiga Camila me esperava. Mas a sandália dela também arrebentou. Achamos graça.

Já era meia-noite. Próximo ao ponto tem um posto de gasolina. Pedimos ajuda ao frentista a quem perguntei se tinha cola para a sandália. Só tinha prego. Mas não conseguimos e jogamos a sandália na Via Dutra.

Fomos para minha casa e, como minha mãe nos proibiu de sair de novo, convidei uns amigos para essa saída. A balada foi otima.

Por que contou essa história?
Por que foi muito engraçada

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Preocupada com a educação

Alessandra Souza se acha a coisa mais interessante da rua em que mora, onde compartilha o espaço com vizinhos fofoqueiros e a ausência de lan houses. Mãe de uma menina de dois anos, não foi à toa a sugestão de entrevistar crianças na escola, para saber o que pensam do ensino. Essa é uma preocupação de qualquer mãe.

Nome Alessandra Cristina dos Santos Souza >> Idade 21 anos

Estado civil Solteira

Ocupação Desempregada >> Escolaridade Ensino médio completo

Religião Possui um lado espiritual independente de religiões

Time Vasco

O que tem de bom na rua?
“Eu”

O que tem de ruim na rua?
Vizinhos fofoqueiros

O que falta na rua?
Lan house

O que gosta de fazer?
De ficar com a filha Larissa, de dois anos

O que faz para se divertir aos domingos?
Vejo filmes no DVD e tevê

Veio para o Pro Jovem por quê?
Em busca de qualificação profissional

Como ficou sabendo do Pro Jovem?
Pela vizinha, Emanuelle

Acha que pode ganhar o prêmio?
Não sabe

O que espera como prêmio?
Não sabia que teria um prêmio no final do projeto (o.o)

Qual o projeto apresentado hoje?
Entrevistar crianças na escola, para saber o que acham do ensino.

Minha rua tem paquerinha

Por Larissa Leotério

O projeto de pesquisa da turma do propagandista Samuel de Oliveira será entrevistar as diferentes formas de manifestação cultural da Prata. Mas, mesmo que sua turma ganhe a gincana social no embate final daqui a dois domingos, ele só vai se sentir um vencedor se fizer uma outra conquista. "Vim para acompanhar uma 'paquerinha'", confessa.

Nome Samuel Geraldo de Oliveira >> Idade 18 anos

Estado civil Solteiro


Ocupação Trabalho com propaganda >> Escolaridade Ensino fundamental completo

Religião Freqüento a igreja evangélica >>Time Flamengo

O que tem de bom na rua?
Projeto Sono Leve

O que tem de ruim na rua?
Vizinhos

O que falta na rua?
Lan house

O que gosta de fazer?
Namorar

O que faz pra se divertir aos domingos?
Domingueira VIP de Mesquista

Veio para o Pro Jovem por quê?
Porque queria acompanhar uma “paquerinha”

Como ficou sabendo do Pro Jovem?
Pela ex-namorada, Gisele

Acha que pode ganhar o prêmio?
Sim.

O que espera como prêmio?
Não faço idéia do que poderia ser

Qual o projeto apresentado hoje?
Entrevistar as diferentes formas de manifestação cultural do bairro